02 maio, 2010

CADA DIA - Senhas Diárias - MAIO 2010

Vivendo o dia de hoje à luz da Palavra de Deus
 


Esta coluna é dedicada a todos que, na correria do dia a dia,
queiram fazer uma pausa para reflexão e fazer um "clic" aqui

DEPOIS DE LER ESTA REFLEXÃO DÊ UMA OLHADA
NA COLUNA "AGENDA"
E VEJA CONVITE
PARA O PRÓXIMO SARAU CULTURAL


Segunda, 31 de maio de 2010


“O Senhor firma os passos do homem bom e no seu caminho se compraz; se cair, não ficará prostrado, porque o Senhor o segura pela mão” Salmo 37.23-24


Jesus Cristo diz: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” João 10.27-28


Interessante que, mesmo que a Bíblia afirme que todo ser humano seja mau por natureza (Romanos 3.10), também apresenta a possibilidade de que este mesmo ser humano, seja bom. A maneira como esta bondade se torna presente em sua vida é pela ação do próprio Deus.


O Salmo deste dia diz que Deus tem prazer (se compraz) na pessoa bondosa, firmando os seus passos. Parece que Deus precisa desta pessoa de pé, caminhando, indo, sem quedas e tropeços. Quem sabe isto seja muito mais por causa da realidade do mundo em que vivemos, que nos prepara surpresas, nos prega algumas peças e nos expõe diante da maldade dos outros. Não que o “homem bom”, no conceito do salmista, seja alguém isento ao fracasso ou a erros. Se assim fosse não falaria de “ficar prostrado”, isto é, vir a cair. Todos nós estamos expostos aos tropeços, por maior que seja nossa vontade em fazer o bem e acertar com o querer de Deus e cumprir sua vontade. Por isso a promessa de que, se vier a cair, não ficará para sempre nesta condição, pelo contrário, o próprio Deus é quem lhe estende a mão para levantá-lo, segurando-o pela mão. Quem sabe foi esta verdade bíblica que inspirou o autor do hino “Segura na mão de Deus”?


De forma muito semelhante Jesus Cristo tentou mostrar a seus discípulos e, por conseqüência a todos nós, seus seguidores, que, segui-lo é iniciar uma relação de confiança, onde somos conhecidos e conhecemos.
O convívio faz com surja um relacionamento entre o
pastor e suas ovellhas. Assim passam a se entender

É como numa relação de amizade. Um tem tempo e ouvido para o outro. Isto estreita os laços e dá confiança mútua: “eles ouvem a minha voz e eu os conheço”. Por isso noutro versículo deste mesmo texto do Evangelho de João, capítulo 10, ele disse que não chamava seus discípulos de servos (palavra do texto de ontem) mas de “amigos”. E sua promessa vai na mesma direção do salmista: “ninguém as arrebatará da minha mão”. Arrebatar é arrancar, tirar. Ele quer permanecer conosco e quer que permaneçamos com ele. São os ramos ligados à videira, noutra ilustração usada por Ele no Evangelho de João, capítulo 15. Mesmo assim sabemos que corremos o risco de nos desviarmos do Bom Pastor e de virmos a ser galhos “quebrados” da videira, que secam e para nada mais servem a não ser, serem jogados no fogo, e serem queimados. Creio que por corrermos este risco temos que renovar Nele nossa confiança para que se cumpram em nós as suas promessas.



Domingo, 30 de maio de 2010


“Josué se prostrou com o rosto em terra, e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu senhor ao seu servo?” Josué 5.14


Jesus Cristo diz: “Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo” João 12.26


Um dito popular, utilizado também como slogan dos clubes de serviço de Lions Internacional no Brasil, é: “Quem não vive para servir, não serve para viver”. Uma forma “radical” de mostrar a que viemos.


As histórias de Deus com o seu povo no Velho Testamento revelam personagens que assumiram chamados, tarefas e desafios. Pessoas prontas para servir, a Deus e ao próximo. Nesta semana, em três diferentes momentos, tive a oportunidade de apresentar um estudo sobre a compreensão bíblica da fé e de como alguns dos personagens das Sagradas Escrituras colocaram esta fé em prática. O texto básico foi Hebreus 11, onde estas pessoas são identificadas como “heróis da fé”. Em situações e momentos diferentes, todos tiveram que se posicionar diante de Deus. Uma coisa comum a todos é a disposição de cumprir o que Josué também coloca diante de Deus no texto desde domingo: “Que diz meu senhor ao seu servo?” Sabemos que hoje os tempos são outros e que Deus também usa outras formas de se manifestar, diferentemente daquela época, fazendo-o hoje, basicamente, por sua Palavra escrita, a Bíblia Sagrada. Lê-la com esta abertura para o novo e o desafio, é essencial.
Assim como cada profissional age de forma diferente,
o servir ao próximo também acontece de formas variadas


No texto do Evangelho de João, no Novo Testamento, o servir é requisito básico para seguir a Jesus. Quem não tem esta disposição, esta fora do propósito do chamado. Jesus estava prestes a finalizar sua missão neste mundo e queria ter certeza de que os seus seguidores estavam realmente preparados para levar adiante o que ele começara. A única forma pela qual em verdade conseguiriam realizá-la era pelo servir. Jesus mesmo tinha dado o exemplo. E que exemplos! Ele viveu em função dos outros. Chegou a dizer que os lobos tem seus covis mas Ele, não tinha onde encostar a cabeça. Ele de fato foi um andarilho. Só tinha hora para sair, nunca para voltar. Obviamente que estamos falando de outros tempos, com uma perspectiva muito diferente da correria e agitação dos dias atuais. Mesmo assim ele deixou o exemplo do que é este servir e podemos inspirar-nos Nele ainda hoje. Lembram? “Quem não vive para servir...”



Sábado, 29 de maio de 2010


“Eu porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis” Ezequiel 36.27


“O amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” Romanos 5.5


Ontem ainda falamos sobre leis e sua importância para a vida em sociedade. Como é importante não apenas que as tenhamos, mas que as guardemos para nosso próprio bem e dos outros.


Vejam que no texto do Velho Testamento para hoje Ezequiel fala na mesma direção. Estatutos são feitos para serem observados. Eles existem nas mais diferentes formas e para orientar as mais diversas organizações. Estatutos regem as comunidades religiosas, ONGs, sociedades civis, clubes, associações de moradores. Enfim. Pra tudo tem regras, estatutos e juízos. Infelizmente o ser humano precisa disso para organizar sua vida e a dos outros. São definidos os limites de cada um e o alcance de cada um. Por outro lado sabemos também que só a existência de estatutos não garante que uma organização, seja de que tipo for, alcance seus objetivos propostos. É preciso que eles sejam “guardados e observados”. Caso isso não aconteça, não passam de palavras vazias, por mais certas e fundamentadas que sejam. Para que a Palavra de Deus não caia na mesma vala e seja entendida nos mesmos critérios (teoria sem prática), Ezequiel diz que o Espírito de Deus seria colocado dentro das pessoas para que pudessem, em sua força (dinamys), viver a partir destes ensinamentos.
Ao contrário da dinamite que causa destruição, o "dinamys"
de Deus cria vida e constrói o Reino de Deus entre nós


Paulo, escrevendo aos Romanos, mostra que a presença do Espírito Santo é uma prova do amor de Deus. A força da expressão usada por Paulo está no “derramado em vossos corações”. Poderíamos dizer que ficamos “encharcados” com o banho do Espírito. É ação de Deus (outorga).Quando Jesus se despedia de seus discípulos disse-lhes que ele precisaria ir para que o Espírito Santos pudesse vir. Essa é a outorga. Ele foi doado, presenteado. No texto de Atos 2, ao falar do Dia de Pentecostes, vemos os discípulos ainda “escondidos dentro de casa”. Quando são abençoados com o Espírito Santo assumem seu testemunho, como o fez Pedro, a frente de uma multidão, sem medo das conseqüências e com um coração cheio de paixão por seus ouvintes. O resultado foi a conversão e batismo de cerca de 3.000 pessoas, arrependidas de seus atos, confessando a Jesus como senhor.


Talvez a maioria de nós nunca passe pela experiência de Pedro, com uma multidão seguindo os nossos ensinamentos. Mas o mesmo Espírito de Deus nos capacita para nosso testemunho e participação no seu reino através do uso dos dons que ele mesmo nos tem dado. Deixemos que ele nos use nesta missão!



Sexta, 28 de maio de 2010


“Atendei-me, povo meu, e escutai-me, nação minha; porque de mim sairá a lei, e estabelecerei o meu direito como luz dos povos” Isaías 51.4


“Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” João 3.17


Geralmente quando ouvimos falar de “lei” pensamos em aspectos negativos, proibitivos, punitivos. Também quando pensamos na “Lei de Deus”. Não isso, não aquilo! Mas por trás de cada não, tem um aspecto positivo, de proteção, de cuidado e para o bem de alguém ou alguma coisa.


No texto de hoje, do profeta Isaías, Deus fala ao seu povo que a lei servirá como LUZ. Bem! A luz serve para iluminar. Donde podemos deduzir que, sem lei, nossos atos são feitos “no escuro”, sem direção e sem que vejamos o resultado do que fazemos. Interessante que, quando alguém não está muito seguro do que vai fazer e toma uma atitude assim mesmo, se diz que foi “um tiro no escuro”. E, atirando no escuro, se pode tanto acertar quanto errar. Pior de tudo, porém, é que o erro pode ser fatal. Não é assim que, muitas vezes, depois de um erro cometido e as conseqüências diante da pessoa, a única coisa que ela tem a dizer é: “Eu não sabia”. E sabemos que isso não serve pra nada. Melhor então é que tivesse sabido antes de errar. Para isso serve a lei. Para nos dar opções e escolhas, sabendo que na sua obediência ou desobediência, optamos também pelos resultados. Vamos tomar um exemplo do dia a dia.
Nas cidades uma das placas mais costumeiras, que é lei, é a tal de “Não pise na grama”, colocada nas praças e jardins. Se eu desobedeço e “piso na grama”, provavelmente não vou matá-la. Mas se mais 500 ou mil pessoas fizerem a mesma coisa, a probabilidade é maior. Se ninguém pisar na grama, não garantimos que ela não vá morrer. Mas andar nesta “luz da lei” pode ser uma segurança e garantia de que ela continuará verde e bonita. Podemos transferir este exemplo a qualquer área de nossas vidas. Inclusive para os mandamentos de Deus.
A falta de seriedade com que lidamos com a vida 
é semelhante a "varrer a sujeira pra baixo do tapete"


Quando João diz que Jesus não veio para julgar o mundo mas para salvá-lo, está mostrando “uma luz” no fim do túnel, pois a natureza do ser humano, o conduz para a condenação. Merecemos juízo e castigo por nossas ações, pois somos desobedientes aos mandamentos de Deus, “desde pequenininhos”. Nascemos assim! Mas, ao tomarmos conhecimento da maneira certa de se viver, sem prejuízo a nós e aos demais, colocamos diante de nós a opção de “escapar do juízo” e nos colocarmos “diante do perdão e da salvação”. Novamente a escolha determinará os resultados. Não foi por menos que Jesus se identificou como “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário, terá a luz da vida” (João 8.12). Conhecer a luz e andar “às claras” faz diferença sim. Especialmente num mundo que esconde tudo que faz, onde a corrupção, os escândalos, as falcatruas, com certeza foram feitas, como se ninguém nunca fosse descobrir. No entanto, quando menos se espera, esta aí, tudo escancarado, “como à luz do dia”. E a gente se surpreende. Aliás. Infelizmente! Não se surpreende mais!!!



Quinta, 27 de maio de 2010


“Não morrerei; antes, viverei e contarei as obras do Senhor” Salmo 118.17


“Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” Gálatas 2.20


Todos conhecemos a expressão “dar a vida por...”. É uma causa, uma pessoa, um propósito, um desafio, um desejo, um sonho. Mas seria esta uma força de expressão, ou alguém estaria realmente disposto ao sacrifício para conseguir algo?
Pediatra e sanitarista Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa no Brasil, morreu no Haiti, cumprindo compromisso pela missão à qual deu a vida (literalmente)




Ter alvos e metas pode ser fundamental para alcançar seus objetivos. Sabemos de muitos casos em que pessoas superam doenças e outros limites, por que estão dispostos a “dar a vida” por aquilo. Parece ser esse o caso do do autor do Salmo 118, que quer superar até a morte para poder incluir no testemunho das obras de Deus em sua vida, a própria vida. Ao querer contar as obras do Senhor (testemunho) ele poderia incluir como Deus lhe restaurou a vida quando se via “cercado de todos os lados” (v.11). Ele diz que seus inimigos o atacaram “como abelhas” (v.12) e o “empurraram violentamente para fazê-lo cair” (v.13). Em meio a esta situação é que ele afirma: “não morrerei, viverei...” Por quê? Vejam suas razões: “O Senhor está comigo” (v.7), “busquei refúgio no Senhor” (v.8), “O Senhor é a minha força” (v.14). Não é um pensamento positivo, ou um desejo forte apenas. É uma convicção que vem amparada na fé e na confiança em Deus.


No Novo Testamento temos o testemunho do apóstolo Paulo, eternamente grato por seu chamado, uma vez que era inimigo e perseguia os primeiros cristãos. A partir desta experiência, ele assume uma postura de querer recuperar o tempo perdido, considerando tudo como perda, para ganhar a Cristo, como escreve aos Gálatas. Neste mesmo espírito ele reconhece que a força para viver agora, a partir da fé, é entregando-se àquele que o salvou e chamou, pois “Cristo vive em mim”.

Um testemunho Evangélico Luterano, a Irmã Doraci Edinger, foi assassinada em 21.02.2004 em Moçambique, dando sua vida pela causa do evangelho e o amor aos mais necessitados


Assim como o salmista busca a ajuda e orientação de Deus, Paulo reconhece que é preciso haver uma troca, onde nosso querer dá lugar ao querer de Deus, onde nossa vontade dá lugar à vontade de Deus. Em 2 Coríntios 5.17 o apóstolo Paulo usa outra expressão, dizendo que “se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram e se fizeram novas”. Como acontece esta mudança? Paulo também responde em Romanos 12.1 dizendo que esta transformação acontece pelo inconformismo com a visão natural das coisas e a renovação de nossa maneira de pensar. Pensamento positivo sim. Disposto a dar a vida por esta nova maneira de viver.


Quarta, 26 de maio de 2010


“Os céus desaparecerão como a fumaça, e a terra envelhecerá como um vestido, e os seus moradores morrerão como mosquitos, mas a minha salvação durará para sempre” Isaías 51.6


“Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis vós no Filho e no Pai” I João 2.24


O mundo de Hollywood já explorou de mil maneiras diferentes o assunto FIM DO MUNDO. Em filmes sensacionalistas como The Day After (O dia Depois), Apocalipse, Armageddon e outros na mesma linha.






Este também tem sido um tema discutido pelos analistas das Sagradas Escrituras. A questão sempre relevante é: “O que é figurado e o que é literal”. O texto de hoje, na profecia de Isaías, pinta um quadro terrível, anunciando um fim calamitoso para um mundo tão lindo como o nosso. Por um lado aparece a vulnerabilidade deste mundo.




O próprio ser humano quase conseguiu cumprir literalmente a profecia de Isaías com as conseqüências das duas guerras mundiais e com o efeito das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki.








Sabemos que novamente a questão de armas nucleares vem à tona, em acordos e desacordos entre as potências mundiais. Em outras palavras, infelizmente, o ser humano tem a capacidade de produzir, ele mesmo, a destruição anunciada pelos profetas. O contraste, sem dúvida alguma, está no fato de que “A salvação divina dura para sempre”, como finaliza Isaías. Em meio ao caos já esperança. Como? A resposta está no texto do Novo Testamento.

Quanto mais o ser humano se afasta de Deus, mais se afasta também da fonte do bem, do amor, da compreensão. E ao fazê-lo se expõe as conseqüências, que são inversas: mal, ódio e destruição. Voltar aos princípios bíblicos do bem viver, abre a possibilidade de que seja diferente. Por isso João em sua carta fala de “permanecer no que se aprender desde o princípio”. Em outras palavras: voltar à simplicidade do evangelho, do amor ao próximo, da compreensão mútua, do dar e receber perdão, de uma cultura de paz. Mas estas não são atitudes naturais do ser humano. Elas vêm como resultado do “permanecer no Pai e no Filho”. Quer dizer: são fruto da fé.

No livre arbítrio conferido ao ser humano estão também as conseqüências de seus atos. Agiu bem, colhe o bem. Agiu mal, colhe o mal. O ruim nesta história toda é que, muitas vezes, também quem não tem nada a ver com a história, sofre junto. É o caso dos acidentes provocados por bêbados desvairados, inocentes que morrem em brigas de facções, crianças, mulheres e civis que são sacrificados em guerras ditas apenas “militares”.
Quando visitei a Namíbia e Moçambique, no continente africano, os sinais das guerras civis não eram apenas históricos. Eles ainda estavam ali com os avisos de “DANGER”, perigo: “Minas terrestres”, onde 2 gerações posteriores ainda podem perder a vida ou partes de seu corpos, mutilados, pelas maldades dos tempos de seus antepassados. Em compensação, o bem, pode ser perpétuo, eterno. É uma questão de escolha!

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